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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O que aprendi no Bazar Pop Plus Size?


Posso dizer com todas as letras que ontem foi um dia de muito aprendizado pra mim. Resolvi ir no Bazar Pop Plus Size porque vi que teria uma palestra/debate com a Ju Romano, vocês sabem, uma das minhas blogueiras favoritas do mundo. Mas acreditem, o bazar foi muito mais do que isso.
Fui sozinha porque mais do que tudo, queria fazer fotos e conversar com as meninas para um post no blog (que vocês vão ver aqui com direito a indicação das lojas e muitos looks lindos, ainda essa semana) mas decidi fazer este post antes para falar um pouco do que aprendi no bazar.

Ao longo dos meus 6 anos como estudante de moda eu já participei de várias palestras, workshops, cursos livres, semanas de moda, casas de criadores, trocas de informações, debates sobre moda no geral mas nunca tinha estado em um evento voltado somente ao público plus.
Sei que antes de tudo é um bazar, o que já é maravilhoso porque só nós plus sizes sabemos a dificuldade que é achar roupas do nosso tamanho que tenham estilo e personalidade. Além disso, participei de duas rodas de discussões que foram muito engrandecedoras para mim.
Quando o debate sobre Diversidade na Moda Plus, com a blogueira e jornalista Ju Romano, o jornalista da Folha Vitor Angelo e a cantora e compositora Lei Di Dai começou, eu tenho que admitir que já estava me sentindo em casa. É louco demais ver mulheres como eu, com gostos iguais e diferentes dos meus, unidas pelo fato de que a moda pode ser nossa também!


Falamos sobre o fato de que nenhuma mulher não-plus sabe como é se vestir como nós. A moda é democrática sim, mas até que ponto? O problema é que ainda existem pessoas (pensadoras de moda ou não) que acham que nós não podemos usar algo e acreditem, nós podemos!
Falamos também sobre jornalismo de moda, preconceito de editoras e revistas de moda com o publico plus size, identificação do nosso corpo... Uma das coisas que com certeza mais me marcou foi o fato de que ver tantas meninas bonitas, estilosas e boa parte felizes com o seu corpo me fez perceber de vez que não tem nada de errado em ser como eu sou.
Já comentei com vocês mil vezes sobre as dificuldades que tive em me aceitar, sobre como aprendi com o tempo a usar as roupas que eu realmente gosto mas isso vai muito além de se vestir, de moda. Tem a ver com os padrões impostos às outras pessoas para que elas nos aceitem ou não. Nós falamos sobre isso também.
Em um certo momento rolou um debate sobre "usar listras horizontais" e ninguém gostou de ouvir que o deveríamos usar listras verticais. Queremos, podemos e vamos usar o que quisermos porque essas informações são, infelizmente, as informações que pessoas não-plus ou que ainda não se aceitaram compraram da grande mídia.

Vi no rosto de algumas meninas ali que elas estavam saindo daquela conversa com uma nova percepção sobre elas mesmas. Senti isso por dentro.
Vi meninas que já estão acostumadas a mostrar suas curvas sem medo, vi meninas que ainda estão se libertando. Mas acima de tudo vi meninas com personalidade o suficiente para entender que não tem problema nenhum em nos assumir como somos!
Foi mais do que um aprendizado, foi libertador.
Como postei no twitter, cheguei em casa mais feliz do que sai.

Com certeza vejo vocês no próximo bazar e vamos continuar nos apoiando que é isso que importa!

3 comentários:

  1. Acredito em ser e agir como nossas convicções, não sou plus, mas crio moda intima para plus, (DETALHE, PLUS DE VERDADE ACIMA DO 60 OU SE NECESSÁRIO SOB MEDIDA).

    COM MUITO AMOR NO QUE FAÇO, sou defensora máxima de que temos que usar o que nos faça feliz e pronto.
    Quero muito participar deste evento, pois vejo tantas possibilidades para todas mulheres plus que muitos do mundo da moda ainda não enxergam!
    NA PRÓXIMA QUERO ESTAR LÁ!

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