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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dia Internacional Contra a Homofobia


Cresci em uma casa totalmente sem preconceitos, meus pais sempre me ensinaram que todos são iguais e que temos os mesmos direitos e deveres. Eu nunca fui a mais legal na escola, eu sempre fui gordinha, timida e que não se dava muito bem com todo mundo. Na verdade, eu era parte do grupo mas não era amiga de verdade do grupo, sabe? Acho que por isso, por eu sempre ser meio maluca e pintar o cabelo de rosa e laranja, por eu não gostar da galera que se achava superior, eu fui ficando amiga dos que assim como eu, não eram amigos de todos. Claro que cada um por seus motivos, o gay, a nerd, os novatos, eu sempre me aproximava de quem era diferente assim como eu.
Quando sai da escola de "boy" haha ficou claro pra mim que as pessoas diferentes são sempre as mais legais e verdadeiras. Foi ai que fui parar nos encontros da RO (uma comunidade para fãs do RBD no orkut) e foi ai que comecei a ter amigos gays (além dos meus dois melhores amigos que já eram) que aliás são meus melhores amigos até hoje.
Os primeiros contatos que tive com a homofobia em si foram com eles, um dia no shopping eu estava abraçada com um dos meus melhores amigos e um cara começou a gritar que ele devia virar homem e que não podia ficar abraçado daquela forma com uma menina se ele não gostava. Resultado, tive que dar um selinho nele para ele não apanhar do cara. E com o tempo fui descobrindo que essa situação acontece com mais frequência do que as pessoas imaginam, mas nós tínhamos só 15 anos e uma pessoa que não tinha nada a ver com a nossa vida queria impor o que achava "certo". E claro que pra isso ele usaria a violência, afinal, essa é a unica arma dos homofóbicos.
O segundo contato que tive com a homofobia foi quando eu estava andando de mão dada com uma amiga na paulista (o que é normal pra mim já que eu ando de mão dada com a minha mãe, meu pai, meus amigos e minhas amigas até hoje, acho a coisa mais normal do mundo) e um cara começou a andar atrás de nós dizendo que aquilo era um absurdo. Sim, a gente correu.
To contando tudo isso pra mostrar que a homofobia é uma coisa que faz mal para toda a sociedade. Ela gera intolerância e violência, acaba com o fato de todos sermos iguais.
Eu sou totalmente a favor do casamento gay, de os homossexuais conquistarem todos os direitos de adoção, de formarem uma família, os direitos jurídicos de comunhão de bens e tudo mais. Temos que parar de dividir o mundo entre homossexuais e heteros, todos são iguais, todos pagam as suas contas, todos tem os mesmos deveres com a sociedade, todos merecem os mesmos direitos.
E esse papinho de família tradicional é o maior faz cabeça que já vi na vida, uma vez que nenhuma família é igual e vai continuar sendo assim. A gente não pode deixar que essa galera sem ideias próprias imponha a todos uma ideia comprada de alguma pessoa, igreja ou governo.
Como disse o ator Alexandre Nero no seu instagram: "Lembra quando a mulher não podia votar? Vocês conquistaram. Lembra quando negros não podiam estudar? Eles conquistaram... depois de conquistar não serem vendidos como animais. Os gays merecem conquistar os que lhes é de direito."
E que daqui a alguns anos os meus filhos, que vão ter a opção sexual que quiserem, não saibam mais o que é homofobia.
E só pra deixar bem claro, Feliciano não representa ninguém...

"A gente vive junto e a gente se da bem, não desejamos mal a quase ninguém. E a gente vai a luta e conhece a dor, consideramos justa toda forma de amor."

Magah

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